As notas fiscais eletrônicas emitidas no Brasil passarão por mudanças, com a adoção de um modelo único e padronizado em todo o território nacional. Por isso, começou no dia 1o de julho a fase de testes do novo modelo da NF-e, dando largada nas mudanças previstas com a reforma tributária. O novo modelo exigirá adequações importantes por parte das empresas, com mais de 27 milhões de CNPJs ativos no Brasil, e a falta de preparação pode resultar em falhas operacionais e interrupções nos processos internos.
A reformulação atinge tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) e está prevista na reforma tributária aprovada em 2023.
O novo layout foi desenvolvido para contemplar os tributos criados pela Emenda Constitucional 132/2023 e pela Lei Complementar 214/2025: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS). Esses tributos vão substituir, de forma gradual, até 2033, os impostos federais, estaduais e municipais atualmente em vigor.
Com a mudança, cada item vendido deverá conter informações detalhadas sobre alíquotas, devoluções e regimes especiais. A padronização promete simplificar obrigações acessórias e melhorar o controle da arrecadação, mas exigirá ajustes técnicos, atualização de sistemas e treinamento das equipes responsáveis.
Durante o segundo semestre de 2025, o uso do novo modelo será opcional. A obrigatoriedade começa em janeiro de 2026, e notas fora do novo padrão poderão ser rejeitadas, afetando o faturamento das empresas. Erros como IBS estadual abaixo do mínimo permitido ou ausência de informações obrigatórias também poderão resultar em rejeição.
O modelo atual continuará valendo durante a transição. A Receita Federal e o Comitê Gestor do IBS e da CBS reforçam que o período de testes é essencial para garantir a adaptação das empresas e evitar problemas operacionais.