A FCCS-RS avalia que o Plano de Contingência anunciado pelo governo federal no último dia 13 de agosto para amenizar os impactos das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos Estados Unidos é meritório, porém poderia ter avanços maiores especialmente na questão referente a manutenção de empregos, fator importantíssimo para geração de renda e fomento do círculo virtuoso da economia nacional.
Como o plano não contempla medidas trabalhistas concretas, essa situação gera imensa preocupação em milhares de trabalhadores no país, com ênfase no Rio Grande do Sul, um dos estados mais afetados pelas tarifas, trazendo reflexos negativos para todos os setores econômicos em nível estadual.
Para a Federação, é fundamental que seja buscada uma negociação diplomática para resolver a questão, além de abrir linhas comerciais e autorizações para vendas em outros países, fomentando eventualmente até a expansão da carteira de clientes, ainda que desviando o comércio em relação aos EUA.
O plano também traz em seu conteúdo o risco de onerar as empresas, uma vez que as medidas facilitam o fluxo de caixa adiando o pagamento de impostos, mas estabelecem linhas de crédito, sem que se saibam sequer os juros. Desta forma, o plano pode aumentar o endividamento das empresas sem que se estabeleça a substituição dos clientes.
A Medida Provisória adotada pelo governo federal prevê a liberação de R$ 30 bilhões em créditos para empresas afetadas, além da reativação do programa Reintegra, a prorrogação do prazo de regimes fiscais especiais como o Drawback, fundos garantidores de exportação, compras governamentais e adiamento de tributos federais.