A FCCS-RS, representada pelo presidente Vitor Augusto Koch, esteve presente no instigante debate “A Contribuição do Agronegócio na Cadeia do Clima”, no evento Diálogos Sustentáveis promovido pelo Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (ILADES) na manhã desta quinta-feira (12/06), em Porto Alegre.
O encontro, que ocorreu no Paço Santo Inácio, se caracterizou por reunir autoridades do agronegócio para debaterem como o segmento pode contribuir de maneira efetiva com as discussões climáticas. O presidente do ILADES, Marcino Fernandes Rodrigues Jr, destacou que o evento já projeta a COP30, a conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada no Brasil em novembro deste ano.
Marcino salientou que o ILADES trabalha em favor de uma agenda positiva, tendo a verdade, a ciência e a pesquisa aplicadas em um contexto econômico sustentável. Segundo ele, a economia no mundo precisa andar, buscando, cada vez mais, tecnologias que ajudem o homem. Na sua opinião, o campo contribui de maneira ampla para o debate climático.
– O agro possui uma geração de riqueza muito grande, especialmente na pauta de exportações do Brasil. Somos líderes em muitos setores, carne, soja, biodiesel, e estamos avançando muito, então este é nosso compromisso, levar informação e um conhecimento qualificado sem influência ideológica – acrescentou o presidente do ILADES.
O grupo de painelistas teve a presença da ex-senadora gaúcha Ana Amélia Lemos e do presidente do Conselho de Administração da Be8, Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura, além de Jakcson Brilhante, representante da secretaria estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação.
A ex-senadora afirmou que o Brasil, por ser um país de dimensões continentais e com uma diversidade de produção tão grande, não pode conviver com uma tragédia complicada, como está sendo o endividamento.
– Nos anos 1990, tivemos o mesmo episódio, não pela questão climática, mas pela política, especialmente econômica. É fundamental atualizarmos os dados a respeito disto. É preciso ainda ter um entendimento de outros países da questão ambiental no Brasil – enfatizou Ana Amélia.
Francisco Turra pontuou que um país de tantas riquezas naturais, com uma indústria agropecuária conceituada e um povo tão determinado, reúne todos os requisitos para servir de referência ao mundo em energia limpa, com geração de emprego e renda no campo e benefícios ambientais e de saúde pública.
Jakcson Brilhante, por sua vez, falou da importância de conectar a ciência às práticas do campo, para que os agricultores possam adotar tecnologias que contribuam efetivamente para a descarbonização da agricultura, mas sobretudo financeiramente.